Alta carga tributária diminui a competitividade de empresas brasileiras

De acordo com levantamento, o Brasil está distante da média mundial de tributação sobre a renda das empresas

 

Empresas brasileiras com investimentos no exterior estão diante de um grave problema: a perda de competitividade devido à alta carga tributária no Brasil. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), feito em parceria com a Ernest Young, o Brasil está distante da média mundial de tributação sobre a renda das empresas. Enquanto a média do imposto sobre a renda pago por empresas nos demais países é de cerca de 22,9%, a alíquota no Brasil chega a 34%.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, de todos os países do mundo, apenas 30 têm alíquotas acima de 30%. O Brasil é um deles. “Concorrentes nossos, inclusive na atração de investimentos, como Argentina, Estados Unidos, França e Japão, já reduziram suas alíquotas. Se não fizermos a reforma tributária com redução da carga, nossas empresas que têm investimento no exterior ficarão ainda menos competitivas", destaca Andrade.

A entidade destacou também que as empresas brasileiras com investimentos no exterior pagam à Receita Federal a diferença entre a alíquota dentro e fora do país.  Nos Estados Unidos, as empresas brasileiras pagam 21% de imposto sobre a renda. A tributação das empresas de outras nacionalidades se encerra no solo americano. A brasileira, contudo, paga mais 13 pontos percentuais do lucro ao Fisco brasileiro para completar o que é cobrado no país. O mesmo ocorre com as companhias que operam na Argentina e as demais que investem nos 172 países que têm o imposto menor do que o brasileiro.

Segundo o presidente do Fórum das Empresas Transnacionais (FET) da CNI, Dan Ioschpe, a não resolução deste problema reduzirá a internacionalização das companhias brasileiras ou as obrigará a se redomiciliar.

 

Fonte: CNI

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